Pra não esquecer:
outubro 29, 2009

Amor só é bom, quando é correspondido. É claro que sempre vão existir as pessoas masoquistas, que gostam e acham bonito sofrer por amor… e é por causa dessas pessoas  que o mercado investe tanto nas “músicas pra fossa”, que se distribuem nos mais variados ritmos, desde o sertanejo no gogó, ao emocore.

Eu, particularmente, não curto muito isso. Pode ser que eu não seja romântico ou devotado o suficiente para me contentar com a felicidade do outro… pode ser que eu seja apenas um egoísta filho da puta que se preocupa apenas consigo mesmo… mas na minha humilde opinião, todo amor não correspondido deve ser substituído por um pouco mais de amor próprio. Amor unilateral atrapalha até o sexo! Quer dizer, sexo é bom de qualquer jeito, mas sexo com amor é muito mais complicado. A gente acaba se preocupando mais com o prazer do outro do que com o nosso… Se o outro tiver a mesma preocupação, tudo bem, funciona bem para os dois. Caso contrário, o sistema entra em colapso.

Por essas e outras,  é que eu não acho interessante, nem nada lucrativo, me desgastar por alguém que não me quer, e, pelo menos pra mim, a “desistência” nesse caso não é motivo nenhum para vergonha. Durante muito tempo eu pensei que me apaixonava, mas depois de mudar de paixão como quem muda de marca de sabão em pó tantas vezes, eu descobri que era apenas um capricho meu, uma necessidade de me prender a alguém, mesmo que por uma ou duas horas. Eu gostava de deitar a noite e ter alguém pra pensar, mas não passava disso.

Agora eu mudei de estratégia. Todas as noites, quando eu fecho os olhos, eu penso numa mesma mulher, sem rosto, sem nome,  uma mulher que faz meu coração disparar como nos romances idiotas que eu ando lendo. Eu penso nela, sou fiel a ela,  e desejo silenciosamente que ela exista.